Os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) foram, fora da Assembleia Legislativa da Bahia, os maiores fiadores da eleição do deputado Paulo Rangel (PT) para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Segundo apurou este Política Livre, no entendimento entre os dois caciques, o PSD terá prioridade na indicação da próxima vaga política para o TCM ou Tribunal de Contas do Estado (TCE). O nome é o do atual secretário estadual de Infraestrutura, Sérgio Brito, deputado federal licenciado da legenda.

Em julho de 2025, dois conselheiros chegam à idade limite para aposentadoria compulsória, que é de 75 anos. No TCM, sai de cena Mário Negromonte. No TCE, quem deixa a cadeira é o conselheiro Antônio Honorato. Dos dois, apenas Honorato pode ser substituído por livre indicação política.

Pelo rodízio, a vaga de Negromonte pertence ao Ministério Público de Contas, que envia uma lista tríplice para escolha do governador. Já a cadeira de Antonio Honorato é de livre seleção de Jerônimo. É onde Sérgio Brito poderia entrar.

Entretanto, se Otto optar pelo TCM, terá que aguardar a aposentadoria, em agosto de 2026, do conselheiro Francisco de Souza Andrade Netto, atual presidente da Corte – a vaga deve ser preenchida por indicação da Assembleia Legislativa.

“O acordo foi feito e o PSD deve ficar com a próxima vaga, no TCM ou no TCE. Para o senador e para nós, é mais interessante ter a cadeira no TCM, que julga as contas de prefeitos e das câmaras municipais, tem mais poder, mais peso político”, disse, na condição de anonimato, um deputado estadual do partido de Otto.

Vale lembrar que, como já publicou com exclusividade este Política Livre, Otto perde para o PT influência no TCM com a eleição de Paulo Rangel (clique aqui para ler). Com a vitória do petista, por exemplo, é dado como certo que o próximo presidente da Corte será o conselheiro Nelson Pelegrino – o atual, Francisco Neto, é ligado ao senador.