A Polícia Militar da Bahia (PMBA) divulgou, nesta sexta-feira (25), durante coletiva de imprensa na sede do Grupamento Aéreo (Graer), que o efetivo da corporação realizará uma série de operações para coibir as aglomerações no período em que seria realizado o Carnaval baiano. A ideia é que ocorram ações ostensivas e repressivas com o emprego de 16.350 policiais militares e 926 viaturas.
O esquema especial montado pela PM baiana já começa a funcionar na tarde desta sexta-feira e segue até as 7h da próxima quarta-feira (2). A estratégia dará cumprimento ao decreto estadual que proíbe a aglomeração de pessoas em ambientes públicos em todo o estado, já que as tradicionais "festas de rua" , como marchinhas, fanfarras e paredões, não poderão ser realizadas.
O comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, explicou a dinâmica das operações. "Vamos realizar o patrulhamento preventivo das ruas, mas, sobretudo, faremos frente para que as aglomerações não aconteçam. Além disso, a população poderá fazer denúncias por meio dos telefones 181 e 190 que a PM estará presente para dissuadir qualquer intenção de aglomeração e desrespeito ao decreto governamental".
O comandante-geral destacou que as cidades em que, tradicionalmente, ocorrem festas de Carnaval, a exemplo de Salvador e Porto Seguro, contarão com atenção especial por meio do reforço de tropa especializada. "Eu acredito muito na consciência da população baiana e de que entenda esse momento preventivo. As ações serão escalonadas, desde o processo preventivo até o repressivo, se preciso for, e responsabilizando possíveis autores e organizadores das aglomerações".
De acordo com a PM, todas as unidades e batalhões da capital, Região Metropolitana de Salvador (RMS) e do interior do estado devem intensificar o policiamento ostensivo e preventivo em locais considerados estratégicos. As operações serão supervisionadas pelo Comando de Operações Policiais da PMBA (COPPM). O comandante do COPPM, coronel Xavier, explicou o que muda com esse esquema especial.
"Inicialmente, faremos um trabalho de inteligência. Esses profissionais irão monitorar os locais considerados pontos de atenção na capital, RMS e interior do estado. Ao identificar aglomerações, iremos atuar com tropas ordinárias, que é o primeiro esforço, e, conseguindo distribuir essas pessoas, por meio do diálogo, e evitar que a aglomeração aconteça, o trabalho estará realizado. Caso contrário, temos tropa de pronto emprego, que são nossos policiais das unidades especializadas, que vão atuar, se for necessário, dentro de uma repressão qualificada", afirmou.