Por Rodrigo Daniel Silva
Deputados da oposição pediram a redução do ICMS na Bahia após os estados de São Paulo e Goiás anunciarem que vão baixar o imposto.
Na última segunda-feira, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), anunciou que o ICMS da gasolina irá cair de 25% para 18%. A expectativa é que o preço do combustível caia R$ 0,47.
Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que no seu estado a alíquota de ICMS aplicada à gasolina passa de 30% para 17%. A aplicada ao etanol, de 25% para 17%. No caso do óleo diesel, além da redução de alíquota de 16% para 14%, o imposto será calculado sobre a média dos preços praticados nos últimos 60 meses, até 31 de dezembro deste ano.
“São Paulo foi o primeiro estado do país a oficializar o novo modelo. Lá, o preço médio da gasolina será reduzido em quase 50 centavos, caindo de R$ 6,97 para abaixo de R$ 6,50. Enquanto isso, na Bahia, que tem a gasolina mais cara do Brasil, nenhuma medida foi anunciada”, criticou o deputado estadual Paulo Câmara (PSDB). “O governador (Rui Costa) só sabe fazer terrorismo, dizendo que os estados vão quebrar com a redução do ICMS. É evidente que os estados precisam ter compensações, mas ninguém aguenta mais um novo aumento no preço da gasolina a cada semana. Até mesmo aliados do governador votaram a favor do projeto no Congresso, colocando os interesses dos baianos e baianas acima de questões ideológicas. Menos o PT, é claro, que defende o aumento tamanho G”, acrescentou.
Na mesma linha, o deputado estadual Tiago Correia (PSDB) pediu sensibilidade ao governador Rui Costa (PT). "A população precisa que o valor seja reduzido. Será que é preciso que algum estado do Nordeste reduza para que o governador se sensibilize e adote a medida aqui? Estamos falando de um aumento na arrecadação no valor de R$ 2 bilhões a mais com ICMS dos combustíveis. O que venho propondo há um ano é apenas manter a arrecadação no nível dos anos anteriores, sem nenhuma perda de receita. Não precisa aproveitar o aumento exagerado do preço para lucrar, já que o governo da Bahia fica com 28% do valor final da gasolina na bomba, quase 1/3 em forma de tributos, é quem mais lucra", disse.