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Parte dos precatórios do Fundef deve ser usada para construção de novas escolas, diz Jerônimo

Parte dos precatórios do Fundef deve ser usada para construção de novas escolas, diz Jerônimo

Publicada em 31/01/2023 às 06:35h

por Bahia Noticias


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 (Foto: Foto: Divulgação)

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou, na última sexta-feira (27), em entrevista ao Bahia Notícias em Brasília, que parte dos recursos dos precatórios do Fundef deve ser utilizado para a construção de novas escolas na Bahia. Durante o governo de Rui Costa (PT), foi decidido que apenas parte das verbas seriam repassadas para professores e demais servidores da Educação, mas ainda permanecia a dúvida sobre o restante dos valores.

Jerônimo também admitiu que, apesar de já estar decidido sobre a implementação de câmeras nas fardas de policiais militares da Bahia, ainda não há um prazo para que a medida entre em funcionamento. De acordo com ele, há conversas com o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), sobre o assunto e o governo ainda está preparando a fase de licitação para a compra dos equipamentos.

“Como a licitação anterior, que Rui iniciou, ele mesmo derrubou, por conta dos preços, com a preocupação de economia - e ele estava correto naquele momento que ele fez -, nós temos que abrir o processo novamente”, disse o governador.

Quanto às dificuldades que os governadores brasileiros estão enfrentando com o ICMS de combustíveis - que está com um teto estabelecido por decreto do governo federal desde a gestão de Jair Bolsonaro (PL), o que reduz a arrecadação dos estados -, Jerônimo admitiu que prefere uma saída pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que não se dependa de uma discussão no Congresso Nacional.

“A gente entende, quem é da política, que fica um cenário difícil para que o Congresso possa rever. Como, neste momento, a nossa pauta está no Supremo, nós vamos nos dirigir primeiramente lá. A expectativa nossa é que a gente consiga resolver lá”, assumiu.

Confira a seguir a entrevista completa com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.

A Ponte Salvador-Itaparica, na Baía de Todos-os-Santos, ainda tem algum entrave em relação ao meio-ambiente?

Já tem a licença. E uma parte da licença já está tudo bem resolvida. Agora, é a relação com os investimentos por parte do setor privado, para que a gente possa acompanhar e fazer acontecer. Nós estamos nos dedicando. E agora, com o governo federal sendo aliado… Não estou nem contando necessariamente com o financiamento, não é só isso, é o apoio que o governo federal pode dar a um projeto de tal magnitude em um estado importante para a federação brasileira.

Os chineses deram algum prazo para o início das obras?

Nós vamos ter essa semana uma retomada, porque eu, na condição de governador, não fiz uma reunião com os escritórios gerenciais deles [o setor privado]. Faremos essa semana, para a gente poder reafirmar o desejo [de iniciar as construções]. Até agora, está mantido, não teve nada de mudança. Agora, é ver o calendário.

A agenda do dia 14 de fevereiro com o presidente Lula na Bahia, para o relançamento do Minha Casa, Minha vida, está confirmada?

O ministro Rui, na reunião com o presidente, definiu o dia 14 [de fevereiro] para fazer uma entrega real [de imóveis do Minha Casa, Minha Vida], um pouco mais de 500 apartamentos em Santo Amaro. Nós temos também em Feira de Santana, em Lauro de Freitas, em Salvador e em Euclides da Cunha. Então, se o presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] tiver tempo, a gente pode fazer tudo isso. O problema é que tem alguns desses [apartamentos] que estavam bastante danificados. Para a reforma, nós fizemos um mutirão, em parceria com a Caixa Econômica, o governo do estado e as prefeituras, para ver se a gente consegue ver se entrega mais. Mas o indicativo é que, no dia 14, o presidente relance o programa Minha Casa, Minha Vida, com uma versão que eles vão apresentar para a gente. Pelo menos, já tem a entrega real. E as outras, caso ele dê as condições, ele faz a entrega à distância e depois a gente faz a inauguração com o ministério.

Em que pé está a discussão sobre o ICMS? Como está acordado? Vai se formar uma comissão?

Então, [vai se formar] uma comissão entre os nossos secretários de Fazenda e o Ministério da Fazenda, para a gente poder colocar [o tema]. Porque acabou que não deu tempo para a gente aprofundar. A fala do ministro Haddad foi bastante dirigida, objetiva, mas teve sim o compromisso do presidente e do ministro, da gente poder já nesta semana chamar uma reunião, para que isso possa ser tratado. Se for preciso dialogar com o Supremo [Tribunal Federal], nós iremos fazer isso. Se for preciso um diálogo com o Congresso, também faremos. Esta semana, com certeza, nós já teremos a data marcada e um horário, para a gente poder ver, para entrar em cada por menor.

Politicamente, os governadores preferem uma saída pelo Supremo?

A gente entende, quem é da política, que fica um cenário difícil para que o Congresso possa rever. Como, neste momento, a nossa pauta está no Supremo, nós vamos nos dirigir primeiramente lá. A expectativa nossa é que a gente consiga resolver lá.

Com relação ao governo da Bahia, o segundo e o terceiro escalões ainda não estão definidos. Como é que está essa questão?

Já definimos todos os secretários. Das empresas, mais uma ou duas. Na semana que vem agora, a gente resolve isso. A Embasa, a Bahia Pesca, é só anunciar o nome. Já temos esses nomes. Volto para Salvador, para a gente poder fechar isso e anuncio nessa semana ainda.

Sobre a câmera nas fardas dos policiais: é um assunto que já vem se arrastando desde a última administração. Como é que vai ser tratada no seu governo?

Está superado. Nós vamos fazer isso. Nós vamos dialogar sim com os efetivos, com os policiais. Isso não é uma forma de retaliar ou reprimir policiais. Muito pelo contrário. Inclusive, nós começaremos a aplicação dessa câmera em áreas em que os nossos policiais possam se utilizar dela para se defender. A nossa dificuldade foi a licitação. Inclusive, agora, com o ministro [Flávio] Dino, a gente queria ver se ele não faz uma ata, um registro de preços, para ver se barateia para os estados e nós termos naturalmente algum equipamento mais sofisticado, se for o caso. Agora é a fase de licitação que estamos preparando.

Tem alguma previsão para a implementação disso?

Não. Como a licitação anterior, que Rui iniciou, ele mesmo derrubou, por conta dos preços, com a preocupação de economia - e ele estava correto naquele momento que ele fez -, nós temos que abrir o processo novamente.

Em relação aos investimentos que devem ser feitos com os recursos dos precatórios do Fundef: já que eles não foram repassados 100% para os profissionais da Educação, o que é que vai ser feito deles?

Mantém-se a regra. Um percentual vai para o pagamento de pessoal, de professores e servidores da Educação. E o outro percentual, que diz respeito a investimento, nós vamos usar ali para construção de novas escolas, ampliações, equipamentos… Mantém-se a mesma regra.

 




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