O técnico da seleção brasileira, Fernando Diniz, considerou injusta a derrota de sua equipe por 1 a 0 para a Argentina de Lionel Messi, nesta terça-feira, 21, no Maracanã, no Rio de Janeiro. O revés significou o fim da histórica invencibilidade em casa do Brasil em Eliminatórias, que vigorava desde 1954, e a terceira derrota consecutiva na atual edição do torneio classificatório para a Copa do Mundo de 2026, algo inédito para a seleção pentacampeã mundial.
"Foi um jogo entre dois times tradicionais, muito forte. Brasil levou muito mais perigo para a Argentina. A Argentina não teve nenhuma chance para fazer gol, só o escanteio do gol. A gente esteve muito mais perto da vitória do que a Argentina. Eu achei o resultado bastante injusto hoje", disse o treinador na coletiva de imprensa após a partida.
Diniz, de 49 anos, valorizou a entrega e o jogo de seus jogadores, um time que sentiu os desfalques de seus principais astros, os lesionados Neymar, Vinícius Jr e Casemiro.
Ele lembrou que sua equipe enfrentou uma seleção que joga junta há vários anos e que conquistou o tricampeonato mundial no Catar em 2022. "A Argentina vem em momento de muita confiança, de ser campeã do mundo há menos de um ano", afirmou.
"Na vida você não pode pegar uma estatística, porque do contrario tudo fica ruim. O desempenho da gente está oscilando. As vezes o resultado escapa, a gente não pode garantir resultados, a gente pode garantir trabalhos", acrescentou.
O técnico lamentou que parte da torcida argentina que compareceu ao Maracanã tenha cantado "olé" e também criticou os incidentes violentos entre torcedores e policiais nas arquibancadas, que atrasaram o início do jogo em quase meia hora.
"É lamentável quando acontecem cenas de violência e falta de respeito", afirmou.
Com a derrota para o seu maior adversário, o Brasil caiu para a sexta posição nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, com sete pontos em seis jogos.
As Eliminatórias, que dão seis vagas diretas para o Mundial e outra via repescagem, será retomada em setembro de 2024.
Até então Diniz deverá ter entregue o comando ao italiano Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, que segundo o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, assumirá em meados do ano que vem.