A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, lançou, nesta terça-feira (6), um disque-denúncia para que eleitores comuniquem desinformação nos pleitos de outubro.
O número 1491 estará em funcionamento a partir da quarta-feira (7), segundo a ministra. A ligação será sem custos e qualquer pessoa poderá usar o serviço.
As denúncias recebidas serão analisadas pelo Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde).
Se a denúncia foi avaliada como válida, será encaminhada para os integrantes do centro, como Polícia Federal (PF) e Ministério Público.
“Com o 1491, se denunciam mentiras eleitorais e serão adotadas as providências”, disse a ministra.
O objetivo é acelerar e facilitar o envio das denúncias “para que, em uma velocidade recorde, a gente possa ter a resposta devida”, disse Cármen.
“Mal deste século”
O Ciedde foi criado durante a gestão do ministro Alexandre de Moraes à frente do TSE. Convidado por Cármen Lúcia, Moraes esteve na cerimônia de anúncio da ferramenta.
“O mal deste século em relação à democracia é a desinformação”, disse Moraes. “A instrumentalização das redes sociais que se deixaram e ainda se deixam instrumentalizar por discurso de ódio, discursos antidemocráticos e que pretende capturar a vontade de eleitor”.
O evento no TSE também lançou uma parceria com a PF para manter um painel atualizado diariamente com as informações sobre inquéritos e providências relacionados aos crimes eleitorais.
O TSE divulgou, ainda, uma campanha para colaborar com o combate à desinformação durante o período eleitoral. Com o lema “Jornalismo é confiável, fala nossa língua, protege da desinformação e fortalece a democracia”, a campanha usa a linguagem regional com expressões específicas de localidades brasileiras para sensibilizar os eleitores.