A defesa de Jair Bolsonaro (PL), em um comunicado emitido nesta terça-feira (18), se manifestou sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Supremo Tribunal Federal (STF), que indiciou o ex-presidente e a mais outras 33 pessoas, pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

A acusação também envolve outros militares, entre eles Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

As acusações da procuradoria estão baseadas no inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou, em novembro do ano passado, o ex-presidente no âmbito do chamado inquérito do golpe, cujas investigações concluíram pela existência de uma trama golpista para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na nota, a defesa de Bolsonaro afirmou ter recebido a denúncia com “estarrecimento e indignação” e negou as acusações afirmando que o denunciado “jamais compactuou” com qualquer ação que visasse minar o Estado Democrático de Direito.

“A defesa do Presidente Jair Bolsonaro recebe com estarrecimento e indignação a denúncia da Procuradoria-Geral da República, divulgada hoje pela mídia, por uma suposta participação num alegado golpe de Estado”.

Os advogados de Bolsonaro criticaram as investigações da Polícia Federal (PF) que fundamentaram a denúncia da PGR, afirmando que durou dois anos e incluiu medidas cautelares consideradas “invasivas”.

A defesa questionou ainda custódia preventiva de apoiadores próximos a Bolsonaro, argumentando que não foram encontrados elementos que o vinculassem à suposta trama golpista.

“Não há qualquer mensagem do Presidente da República que embase a acusação, apesar de uma verdadeira devassa que foi feita em seus telefones pessoais”, acrescentou a defesa.

“O Presidente Jair Bolsonaro confia na Justiça e, portanto, acredita que essa denúncia não prevalecerá por sua precariedade, incoerência e ausência de fatos verídicos que a sustentem perante o Judiciário”, finalizou a defesa.

Redação PNB