O Pix, modelo de pagamento instantâneo que completou pouco mais de um ano desde seu lançamento em novembro de 2020, já foi utilizado por 50,6 milhões de pessoas e vêm adquirindo cada vez mais facilidades para o público e o mercado financeiro, como a última novidade divulgada: o parcelamento. O Pix parcelado, como ficou conhecido, funciona como uma linha de crédito para pessoas físicas similar ao cartão de crédito, porém o dinheiro é descontado diretamente na conta do contratante.
Com a ferramenta, os clientes poderão parcelar valores para pessoas físicas ou jurídicas em até 24 vezes, com juros que variam conforme o perfil do contratante. Contudo, ainda não é uma ferramenta oficial regulamentada pelo Banco Central, mas que pode ser adotada pelos bancos e fintechs, como já ocorreu com o Santander, Mercado Pago e Pic Pay. O Santander, por exemplo, lançou no mês de março a modalidade com disponibilidade de parcelar a partir de R$ 100, com taxas de juros a partir de 1,59% ao mês. Para contratar, é necessário ser correntista do Santander e fazer a transação pelo aplicativo.
A expectativa com a nova funcionalidade é que o Pix continue sendo um concorrente direto das outras formas de pagamento, principalmente do cartão de crédito. Segundo dados do Banco Central, a plataforma de pagamento instantâneo já superou, nos últimos três meses de 2021, o número de transações realizadas pelos cartões. As transações por meio do PIX somaram 3,89 bilhões, enquanto dos cartões foram 3,85 bilhões no débito (alta de 9%) e 3,73 bilhões no crédito (12%). “Esse número deve aumentar principalmente entre os jovens de 25 a 34 anos, que são os que mais têm utilizado o Pix parcelado desde seu lançamento, pela facilidade da ferramenta e a aversão aos cartões de crédito, que trazem altas taxas e dificuldades para lidar com juros rotativos”, explica Marco Zanini, CEO da Dinamo