O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (12) que o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), vinculado à pasta, dará procedimento aos estudos para privatizar a Petrobras e a Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA).
A fala ocorreu após o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, formalizar a solicitação para início dos estudos de desestatização da PPSA.
“Espero que no tempo mais rápido possível tenhamos pronto esse decreto para o presidente Bolsonaro assinar”, afirmou. O ministro associou as privatizações a uma “libertação do povo brasileiro contra os monopólios”.
Já Guedes disse que “vamos dar sequência para os estudos da PPSA, e depois para o caso da Petrobras”.
“Eu não quero falar de quem roubou a Petrobras, assaltou a Petrobras. Durante anos roubaram, foram condenados, eu não quero falar isso. Quero simplesmente receber como um programa de governo, que teve 60 milhões de votos, receber aqui o pedido do novo ministro de Minas e Energia e encaminhar o processo”, disse Guedes.
Na quarta-feira (11), durante sua cerimônia de posso como ministro, Sachsida disse que enviaria a solicitação para Guedes como seu primeiro ato enquanto titular da pasta.
Ele também incluiu entre suas prioridades dar prosseguimento ao processo de capitalização da Eletrobras. “É fundamental lançarmos o processo de capitalização, um sinal importante para atrair mais capital ao Brasil e mostrar ao mundo que o país é porto seguro do investimento”.
Sachsida atuava como chefe da assessoria especial de Assuntos Econômicos do Ministério da Economia. Também já foi Secretário de Política Econômica entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022 na pasta comandada por Paulo Guedes. Ele substituiu o almirante Bento Albuquerque.
Ministro é criticado
Após o ministro da Economia dizer que dará sequência ao pedido de Sachsida, um grupo que estava ouvindo a declaração interviu na plateia em tom de críticas.
“Eu queria que todos soubessem que nos sempre respeitamos, como uma democracia, respeitamos os vencedores das eleições”, disse Guedes. “Quando alguém… [servidores gritam atrás criticando a medida]”.
Paulo Guedes então deu seguimento à declaração que estava fazendo e concluiu o pronunciamento.
CNN / foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil