O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Palácio do Planalto, desistiu da ideia de revogar a reforma trabalhista aprovada durante o governo de Michel Temer, segundo o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força. A apuração é da âncora da CNN Daniela Lima.
Depois da polêmica em torno da divulgação da prévia do programa de governo petista, Lula telefonou pessoalmente para presidentes de partidos, em especial, para Paulinho. O petista garantiu que o termo “revogação” será extinto do programa.
As próprias centrais sindicais se opõem à revogação de todos os pontos do texto. Elas defendem um ajuste fino, mantendo parte do poder de negociação dos trabalhadores.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que, apesar de a revogação da reforma ter sido aprovada internamente pelo partido, não é unanimidade entre os demais que compõem a coligação pela candidatura de Lula. A ideia é substituir “revogação” por modernização.
Segundo a prévia do programa divulgada na segunda-feira, a ideia seria construir “uma nova legislação trabalhista”.
“O trabalho estará no centro de nosso projeto de desenvolvimento. Defendemos a revogação da reforma trabalhista feita no governo Temer e a construção de uma nova legislação trabalhista, a partir da negociação tripartite, que proteja os trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça os sindicatos sem a volta do imposto sindical, construa um novo sistema de negociação coletiva e dê especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos”, afirma a prévia do programa de governo.