BRASÍLIA - O governo Jair Bolsonaro, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) partiram para cima da Petrobras, depois que a estatal anunciou aumento de preços dos combustíveis nesta sexta-feira, 17. O reajuste deve pressionar ainda mais a inflação e provocar novo desgaste a Bolsonaro, que tenta se reeleger neste ano.
Em meio ao ruído político, com ameças de retaliação de todos os lados, as ações da Petrobras chegaram a cair 10%, mas fecharam o dia com queda de 6%, o correspondente a perdas de R$ 28 bilões em valor de mercado num único dia.
Pela manhã, a estatal anunciou que o preço da gasolina será reajustado amanhã em 5,2%, passando a custar R$ 4,06. Já o litro do diesel subirá 14,2%, para R$ 5,61. O diesel não era reajustado desde 10 de maio - há 39 dias. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março - há 99 dias. Os aumentos ainda são inssuficientes para abrir a de importações para os pequenos e médios importadores, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo.
Mesmo assim, desencadearem reações em série ainda mais que foi dado depois de o governo ter feito pressão sobre o Conselho de Administração para que a Petrobras segurasse as remarcações para não anular os feitos do projeto aprovado esta semana pelo Congresso que fixa um teto no ICMS cobrado sobre os combustíveis. O Conselho de Administração - tem maioria indicada pelo governo Bolsonaro - deu sinal verde para o aumento, que ficou a critério da diretoria.