O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, encaminhou ao Ministro Público Eleitoral (MPE) uma petição do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) em uma ação que apura a possível propaganda antecipada por meio das motociatas do presidente Jair Bolsonaro.
No cartão corporativo da Presidência, entre os dias 1º de abril e 5 de maio, período em que Bolsonaro participou de três eventos pelo país, o parlamentar identificou gastos de R$ 4,2 milhões. Os dados foram enviados por Vaz ao tribunal dentro de uma representação do PDT.
Assinado no último dia 7, no despacho divulgado nesta terça-feira, Moraes determinou que a denúncia do deputado fosse remetida ao MPE, com base na resolução do TSE que prevê a adoção de diligências e providências necessárias “diante de indícios de irregulares na gestão financeira e econômica da campanha”.
“O ministro reconheceu que a nossa denúncia tem fundamento e deve ser apurada. Bolsonaro torrou em 35 dias cerca de 90% do que se gastou nos três primeiros meses do ano. Chama a atenção esse gasto exorbitante, Há indícios graves de que o Bolsonaro esteja utilizando o cartão corporativo para custear campanha fora da época autorizada por lei. É um desrespeito utilizar dinheiro público com essa finalidade”, afirmou Elias Vaz.
O deputado apontou em seu levantamento que o presidente realizou uma motociata no dia 15 de abril, em São Paulo, mobilizando o aparato de segurança e custeando mais de 160 mil reais em passagens aéreas e diárias sem que tivesse agenda oficial na cidade.