Os dois pré-candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto para a Presidência participaram de eventos em São Paulo neste sábado (9).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou da Marcha para Jesus, na zona norte da capital paulista, e discursou duas vezes: na chegada ao evento, antes de iniciar o trajeto até a praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, próxima ao Campo de Marte, e no palco do encontro, que reúne milhares de evangélicos na capital.
Em suas falas, Bolsonaro fez menções religiosas e defesa de valores conservadores. “O Brasil é um país cristão, que defende vida desde sua concepção, que quer o respeito às crianças em sala aula, e por isso é contra ideologia de gênero”, disse o presidente. Ele também falou, novamente, que o país vive “uma luta do bem contra o mal”.
“Temos pela frente uma luta do bem contra o mal. Está bem claro o campo de batalha, mas como a história sempre mostrou, o bem será vitorioso”, declarou o presidente, que seguiria para outra Marcha para Jesus, em Uberlândia (MG), após o evento na capital paulista.
O segundo discurso de Bolsonaro ocorreu minutos antes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi a Diadema, na Grande São Paulo, ao lado de aliados como Geraldo Alckmin (PSB), Fernando Haddad (PT), pré-candidato ao governo paulista, e Márcio França (PSB) – esse último, em sua primeira aparição pública após confirmar sua retirada da disputa do Palácio dos Bandeirantes para disputar o Senado pela chapa PT-PSB.
No discurso para apoiadores em Diadema – cidade do ABCD paulista, onde Lula iniciou sua trajetória política, e primeiro município governado pelo PT no Brasil –, o ex-presidente repetiu sua defesa de bandeiras sociais e críticas à postura de empresários.
“Tem gente que acha que eu não gosto de empresário, eu gosto. Até porque eu acho que o empresário tem que estar ganhando dinheiro na sua empresa para poder pagar aumento de salário para o trabalhador. Eu não acho que o empresário tem que quebrar. Se quebrar, estamos ferrados”, começou Lula.
“Mas sabe o que eu fico p* da vida? Porque eu faço reunião com empresário e eles só querem saber de teto fiscal, política fiscal, garantia fiscal. Não tem um que abre a boca pra falar ‘cadê a garantia social, o teto de salário que a gente tem que colocar nesse país, o teto de emprego que a gente vai criar’. Porque só fala de banco, banco, banco. Nós queremos saber do nosso emprego, do nosso salário”, criticou o petista.