Durante o encontro com embaixadores de cerca de 40 países, nesta segunda-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a lançar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas. Por mais de 45 minutos, o chefe do Executivo federal também criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse que seu governo está empenhado em apresentar uma “saída” para as eleições deste ano.
Ele também aproveitou o evento para atacar o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à Presidência e primeiro colocado em todas as pesquisas de intenção de voto, e os ministros Edson Fachin (presidente do TSE), Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O evento foi realizado no Palácio da Alvorada e contou com a estrutura do governo para ser divulgado. Ministros do governo, como Carlos França (Relações Exteriores), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Ciro Nogueira (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) também estiveram presentes à apresentação e viram Bolsonaro repetir acusações já desmentidos por órgãos oficiais e disse que eleições deste ano devem ser “limpas” e “transparentes”.
“Nós queremos, obviamente, estamos lutando, para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro”, declarou. “Nós queremos corrigir falhas. Queremos transparência. Nós queremos democracia de verdade”, argumentou sem, por mais uma vez, apresentar provas para as “falhas” as quais ele se refere.
Em sua fala, o chefe do Executivo federal ainda se disse “envergonhado” do que “está acontecendo no nosso país”. “Eleições são questões de segurança nacional. Nós não queremos instabilidade no Brasil”, pregou.