A atriz Regina Duarte, que um dia já foi conhecida como a "namoradinha do Brasil", anda com filme meio queimado em Brasília. A empresa A Vida é Sonho Produções Artísticas Ltda., da qual Regina é sócia-administradora, teve sua prestação de contas rejeitada pela secretaria nacional de cultura.
A atriz, que já foi titular da secretaria durante o governo Bolsonaro, captou até hoje, através de sua empresa, mais de R$ 1,4 milhão em patrocínio com o uso da Lei Rouanet. O projeto em questão, o monólogo "Coração Bazar", havia captado R$ 321 mil, mas teve apoio rejeitado pelo então Ministério da Cultura em 2018, de forma que a empresa deve restituir R$ 319,6 mil ao Fundo Nacional de Cultura (FNC).
A nova recusa foi assinada pelo atual secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro e publicada no Diário Oficial da União da quinta-feira, 21. Em uma entrevista dada ao "Programa do Bial" em maio de 2019, Regina Duarte criticou o uso da Lei Rouanet por artistas famosos.
"Acho que o governo que usa o dinheiro da população deveria apoiar os que estão iniciando, a cultura regional", disse Regina, à época. A peça "Coração Bazar" ficou em cartaz em São Paulo em 2004, e depois passou por várias cidades, sendo encenada também em Portugal. Em 2007, fez uma curta temporada no Canecão, no Rio. Procurada via e-mail, a empresa A Vida é Sonho ainda não se pronunciou sobre o recurso negado.