Apesar da Acelen ter anunciado, na última sexta-feira (30), que o gás de cozinha (GLP) comercializado pela Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde, no Recôncavo, para as distribuidoras ficaria 13,2% mais barato a partir de domingo (1º), isso começa a acontecer a partir de hoje, terça-feira, 3 de janeiro. De acordo com Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgás) o estoque precisa ser vendido para depois baixar o preço que deve ficar entre R$ 5,00 a R$6,00 mais barato para o consumidor dependendo do bairro em que mora.
Em média, em Salvador o preço do botijão de gás de 13kg está custando R$110,00 e o consumidor pode começar a pagar R$104,00. “As distribuidoras devem começar a zerar os produtos hoje (segunda-feira) e a partir de amanhã (terça-feira) então recebem novos produtos, pelos quais pagarão já com a redução que será repassada ao consumidor. A refinaria revisa os preços a partir do dia 1º de cada mês, podendo aumentar ou reduzir. A boa notícia foi a redução. Mas esse percentual da refinaria não chegará totalmente ao consumidor”, constata o presidente do Sinrevgás Robério Souza.
Robério acrescenta que: “ Dessa vez o consumidor não sentirá uma redução tão expressiva. Cada revendedor irá recompor os seus preços. A expectativa é de que fique entre R$5,00 a R$6,00 mais barato. A variação de preço é principalmente pela logística, pelo frete e dependendo do local pode ser mais alto. Por isso se recomenda que o consumidor se dirija até a loja de preferência que sempre será mais barato. Para levar em casa o gás fica sempre mais caro”.
A Acelen informou através de nota que "os preços dos combustíveis produzidos na Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado, que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que são adquiridos a preços internacionais, dólar e frete", tal cenário pode fazer com que haja uma variação para cima ou para baixo”. Segundo a Acelen, ela "possui uma política de preços transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado".
Para a professora Margarida Oliveira, o valor do gás está tão alto que mesmo com R$6,00 a menos vai continuar pesando no bolso. “Esse valor vem crescendo por meses. Reduz e aumenta, o que se percebe é que quando vem a redução não cobre o valor do quanto estamos pagando mais caro ao longo do ano”.