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Últimos 8 anos foram de calor recorde no mundo; no Brasil, ondas de frio fizeram temperaturas cair em 2022.

Últimos 8 anos foram de calor recorde no mundo; no Brasil, ondas de frio fizeram temperaturas cair em 2022.

Publicada em 13/01/2023 às 06:58h

por Globo.com


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 (Foto: Foto: Divulgação)

As temperaturas extremas em 2022, principalmente na Europa e na China, contribuíram para que os últimos oito anos fossem os mais quentes registrados no mundo, de acordo com o Copernicus, serviço de monitoramento do clima da União Europeia (UE). No geral, a temperatura global no ano passado ficou 1,2 ºC acima dos níveis pré-industriais do século 19.

No Brasil, porém, o cenário foi diferente em 2022. Ondas de frio atípicas fizeram as temperaturas médias cair na maior parte do paísA exceção foi na região da floresta amazônica, que não recebeu essas ondas e apresentou aumento na média de temperatura.

Meteorologistas ouvidos pelo g1 dizem que não houve nenhum fenômeno meteorológico específico que justicasse esse quadro na Amazônia.

O que se tem de dados é que, principalmente no segundo semestre de 2022, tivemos meses mais quentes, que coincidiram com o período mais seco, fazendo com que as temperaturas no ano ficassem acima da média.

"O El Niño e a La Niña estão mais associados com a questão de secas e chuvas, respectivamente, mas não explicam a temperatura elevada", afirma Bruno Kabke Bainy, meteorologista do Cepagri/Unicamp.

No caso da Amazônia, os constantes recordes de desmatamento, queimadas e focos de calor só agravam o aquecimento global. Já em setembro de 2022, o número de queimadas registradas na floresta tinha superado o total de 2021 inteiro, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o Copernicus, o ano de 2022 no mundo foi o quinto ano mais quente já registrado na história. Também chegaram a essa conclusão a Nasa, a agência espacial norte-americana, e a Organização Meteorológica Mundial (OMM), só que usando base de dados diferentes e outras metodologias. O estudo do Copernicus também mostrou que:

A La Niña persistiu durante boa parte do ano, pelo terceiro ano consecutivo.

A Europa teve seu segundo ano mais quente já registrado, superado 2020. Além disso, o continente viveu o verão mais quente desde que há registos climáticos.

A temperaturas relativamente baixas e a alta pluviosidade no leste da Austrália no ano passado são características climáticas tipicamente associadas ao La Niña.

Em fevereiro, a extensão do gelo do mar Antártico mostrou seu nível diário mais baixo em 44 anos de registros de satélite.

Em nenhum lugar do globo, tivemos uma região com o ano mais frio já registrado.

A diferença do Brasil para o resto do mundo em 2022, com temperatura média mais baixa, pode ser explicada por alguns eventos climáticos adversos, que ocorreram de maneira pontual, segundo o meteorologista Bruno Bainy.




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