O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 3ª feira (17.jan.2023) que a reforma tributária resultará na desoneração dos mais pobres e levará os ricos a pagarem mais impostos. Segundo ele, “muita gente no Brasil não paga imposto” e essas pessoas passarão a ser cobradas.
Haddad também disse que a mudança na tributação sobre a renda ficará para o 2º semestre. A declaração foi dada durante o painel “Brasil: um novo roteiro”, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Sem entrar em detalhes, o ministro voltou a falar que a proposta será feita em duas partes, com a 1ª alteração incidindo sobre os tributos indiretos.
“Essa reforma tributária que vai ser votada [no 1º semestre] é sobre o imposto sobre consumo, mas no 2º semestre, nós queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e para onerar quem hoje não paga imposto. Muita gente no Brasil não paga imposto. Nós vamos reequilibrar o sistema tributário brasileiro para melhorar a distribuição de renda no Brasil”, afirmou.
Sem especificar, o ministro disse que está “tomando algumas medidas de reoneração de setores que foram irresponsavelmente favorecidos com fins eleitorais no ano passado”. Haddad também falou em uma “política de valorização do salário mínimo”. O governo, no entanto, já definiu que o valor prometido de R$ 1.320 não entrará em vigor em janeiro.
O ministro da Fazenda mencionou que a equipe econômica trabalha em um programa de renegociação de dívidas. “Nós temos uma agenda de crédito. Melhorar o sistema de garantias no Brasil, tirar as famílias do que a gente chama lá de Serasa, um órgão que negativa os devedores”, afirmou.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participou do painel do Fórum Econômico Mundial nesta 3ª feira (17.jan).