O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu nesta quinta-feira (19) mais de 100 reitores de universidades e institutos federais do Brasil. No encontro, que teve a presença dos dirigentes máximos de todas as instituições federais de ensino superior da Bahia, o petista prometeu respeitar a autonomia universitária e indicar sempre os mais votados por cada comunidade acadêmica para suas respectivas reitorias.
O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Paulo Miguez, conversou com o Bahia Notícias nesta sexta (20) e relatou com detalhes o encontro dos dirigentes universitários com Lula. Segundo ele, diante da presença de ministros do governo e inúmeras autoridades da área da Educação, o presidente da República assumiu o compromisso de manter uma boa relação com as instituições.
“É a primeira vez em muitos anos, em que as universidades federais e os institutos federais são recebidos pelo presidente da República”, comemorou Miguez. “Com uma plateia tão importante, o presidente da República assumiu o compromisso de que a relação com as universidades e institutos federais será marcada especialmente pelo diálogo e pelo respeito à nossa autonomia. E se dispôs, de imediato, através do Ministério da Educação, a equacionar os grandes problemas que nós temos que enfrentar neste momento”, disse o reitor.
Miguez afirmou que um dos principais desafios a serem enfrentados pelo novo governo é a recomposição orçamentária das universidades, que sofreram com diversos cortes durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
“O presidente reconheceu que o desafio é imenso, especialmente por conta da destruição que se promoveu contra as universidades e os institutos. Não se trata só de uma recomposição orçamentária, ainda que ela seja absolutamente fundamental. As universidades estão trabalhando com orçamentos equivalentes, semelhantes ou até iguais, do ponto de vista dos números, aos de 10 anos atrás. Isso é absolutamente impossível de permitir uma gestão adequada, especialmente no enfrentamento de problemas que são centrais na universidade contemporânea” avaliou Miguez.