O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou, nesta segunda-feira (30), o bloqueio do transporte aéreo e fluvial em território indígena Yanomami para impedir o abastecimento de grupos criminosos que atuam na região.
A medida visa restringir o acesso de pessoas não autorizadas pelo poder público na área, para combater o garimpo e outras atividades ilegais e também a disseminação de doenças.
O anúncio foi feito após uma reunião entre Lula e os ministros de Estado envolvidos no combate à crise humanitária que atinge os Yanomami.
Além dessa iniciativa, também foram colocadas como prioridade a assistência nutricional e de saúde aos indígenas e garantir a segurança necessária para que equipes de saúde possam exercer suas atividades nas aldeias. Além do acesso à água potável e o monitoramento da contaminação por mercúrio dos rios e nas pessoas.
Calamidade em território Yanomami
O Ministério da Saúde declarou, no último dia 21, Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional devido à “necessidade de combate à desassistência sanitária dos povos que vivem no território Yanomami”, em Roraima.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “equipes da pasta se depararam com idosos em estado grave de saúde, com desnutrição grave, além de muitos casos de malária, Infecção Respiratória Aguda (IRA) e outros agravos”.
De acordo com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, 570 indígenas yanomami morreram de desnutrição ao longo dos últimos quatro anos, período do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).