Após apenas seis dias da volta dos impostos federais (PIS/Confins) sobre os combustíveis, os valores médios da gasolina e do etanol subiram novamente nos postos de abastecimento do país. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 6, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Para o diretor da consultoria Centro Brasileiro de Infraestrutura e Energia, Bruno Pascon, não há dúvidas de que esse aumento é um desdobramento da reoneração de combustíveis. A volta dos impostos federais que incidem sobre a gasolina e o etanol passou a valer na última quarta-feira, 1º de março.
"Os preços no varejo (postos) são livres. Quando a reoneração é anunciada a partir do dia 1º de março, os postos ganham o direito de repassar o aumento no preço do produto que revendem. Isso é comum e, normalmente, gera questionamentos do Cade a respeito da motivação do repasse: se é uma antecipação indevida ou movimento em cima de novas cargas adquiridas, o que é difícil descobrir", disse Pascon.
De acordo com a pesquisa da ANP, realizada entre os dias 26 de fevereiro e 4 de março, o litro da gasolina registrou uma alta de 3,3%, pulando para R$ 5,25 ante os R$ 5,08 da semana anterior. Em quatro semanas, essa foi a primeira vez que o preço ao comprador sofreu uma mudança tão relevante, desta vez para mais.
O litro do etanol registrou aumento de 2,37%, indo de R$ 3,79 para R$ 3,88. O valor mais caro encontrado pela agência na semana foi de R$ 6,96.
Em contrapartida, o preço médio do litro do diesel, por sua vez, passou de R$ 5,95 para R$ 5,93. O recuo no valor correspondeu a 0,33%. O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 7,69 na mesma semana.