O governo federal decidiu que seguirá adiante com o plano de suspender a aplicação do novo ensino médio, mas não cogita ainda a possibilidade de revogação da reforma. O anúncio foi feito depois de uma reunião entre o presidente Lula e o ministro da Educação, Camilo Santana, juntamente com o ministro Rui Costa (Casa Civil) e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo,
De acordo com Camilo Santana, a minuta de portaria que suspende a implementação do novo modelo deverá ser assinada ainda nesta terça-feira (4). A principal preocupação do governo diz respeito ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujo conteúdo foi desenhado com base no antigo currículo nacional, e o Ministério avalia como insuficiente o prazo oficial de adaptação para 2024.
Camilo também chama atenção para a falta de debate do antigo governo com entidades de educação na elaboração do novo currículo para o ensino médio, e que a sua implementação requer aprimoramentos que devem ser discutidos antes de seguir adiante. O novo ensino médio também não é compatível com a estrutura e os recursos disponíveis à rede pública de ensino, exigindo uma suspensão para que as escolas consigam tempo suficiente para se adaptar.