O governo enviou nesta sexta-feira (14) ao Congresso Nacional o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) prevendo que o salário mínimo em 2024 será de R$ 1.389.
O valor representa uma alta de 6,7% em relação ao piso atual, que é de R$ 1.302.
A partir de maio, o governo prometeu elevar para R$ 1.320. Nesse caso, o aumento será de 5,2%.
Pelo PLDO, a correção do salário mínimo em 2024 será feita pela apenas inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
"O salário mínimo estimado para 2024, de R$ 1.389, considera apenas a correção do valor previsto para dezembro de 2023 pelo INPC. Eventuais novas regras de reajuste, que prevejam aumentos reais para o salário mínimo, serão oportunamente incorporadas ao cenário fiscal quando da elaboração da lei orçamentária anual", diz o Ministério do Planejamento e Orçamento em nota.
De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 60,3 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24,8 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A LDO também prevê zerar o rombo das contas públicas em 2024. Ou seja, o governo prevê que as despesas serão iguais às receitas, sem considerar o pagamento dos juros da dívida.
Política permanente:
O governo criou um grupo de trabalho para elaborar uma política permanente de valorização do salário mínimo.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta semana em uma audiência pública na Câmara que a proposta ficará pronta até o fim de maio.
Ainda segundo Marinho, o Ministério da Fazenda sugeriu que o salário mínimo passe a ser reajustado considerando o Produto Interno Bruto (PIB) per capita (por pessoa).
A decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A intenção é adotar uma fórmula que garanta aumentos reais, atrelada ao desempenho da economia.