Um El Niño antecipado já está oficialmente formado. Deve ser forte, bagunçar o clima em todo o mundo e dar a uma Terra já em aquecimento um pouco mais de calor, segundo anunciaram meteorologistas nesta quinta-feira, 8. A Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos (NOAA, na sigla em inglês) lançou um alerta nesta manhã anunciando a formação do fenômeno climático. E ele deve ser levemente diferente dos anteriores.
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, o que acaba tendo influência no clima mundial, com impactos na temporada de furacões no Atlântico e de ciclones no Pacífico.
Neste ano, o El Niño se formou pelo menos um mês antes do que costuma acontecer, o que dá ao fenômeno um pouco mais de tempo para crescer. Com isso, segundo os especialistas, há 56% de chances de ser considerado forte e 25% de atingir proporções gigantescas, segundo a cientista Michelle L´Heureux, responsável pelo escritório de previsõe Com isso, existe a possibilidade de 2023 bater um novo recorde de ano mais quente dos registros, com temperaturas superiores às registradas em 1998 e 2016, anos especialmente quentes. A combinação do fenômeno climático especialmente intenso com a aceleração dos efeitos do aquecimento global seria responsável pelo recorde.
“Se este El Niño alcançar a categoria dos mais fortes será a recorrência mais curta do registro histórico”, afirmou Kim Cobb, cientista climática da Universidade de Brown, nos EUA.
Um intervalo tão curto entre dois El Niños especialmente fortes deixa as comunidades com menos tempo hábil para se recuperarem de danos a infraestrutura, agricultura e ecossistemas provocados pelo fenômeno.
s climáticas El Niño/La Niña da NOAA.