O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado que a operação por terra lançada por Israel em Gaza é o começo de uma segunda fase da guerra contra o grupo extremista Hamas e que seria longa e difícil. Em coletiva de imprensa, ele afirmou que fariam todos os esforços para libertar os mais de 200 reféns mantidos pelo grupo e que discutiram no gabinete de guerra a possibilidade de uma troca por prisioneiros palestinos.
"Aqueles que nos acusam de crime de guerras são hipócritas", disse Netanyahu.
O ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, também disse que o país está intensificando os ataques e que, quanto maior a pressão sobre o Hamas, maior a chance de libertação dos reféns.
As tropas israelenses permanecem na Faixa de Gaza , na mais extensa operação terrestre já realizada desde o início da guerra, em 07 de outubro.
A ofensiva acontece em meio a pressões internacionais por uma pausa nos ataques.
Na sexta-feira (27), a ONU aprovou uma resolução simbólica para uma trégua humanitária. A resolução pede ajuda e acesso à Faixa de Gaza para proteção aos civis.
A resolução foi elaborada pelos estados árabes e não é vinculativa, mas tem peso político.
Uma outra emenda, essa proposta pelo Canadá, foi reprovada. Ela "rejeita e condena inequivocamente os ataques terroristas do Hamas” em Israel a partir de 7 de Outubro e a tomada de reféns.
Foram 88 votos a favor, 53 contra e 23 abstenções.
Aprovação pode isolar EUA e Israel:
Apesar de as resoluções da Assembleia Geral não terem o mesmo peso legal que as decisões do Conselho de Segurança, elas funcionam como um indicador do consenso internacional