Fronteira em Rafah é reaberta, mas saída de brasileiros fica adiada

A fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, pela cidade de Rafah, foi reaberta nesta quinta-feira (10) para a saída de estrangeiros do território palestino.

Mas, segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeias, uma nova lista de estrangeiros não foi divulgada nesta manhã. Os estrangeiros que puderam deixar o território nesta quinta são os que estavam em listas divulgadas na quarta-feira mas que tiveram sua saída também adiada após a fronteira ser fechada por questões de segurança.

Dessa forma, a saída de brasileiros, que, segundo Brasília, o governo de Israel garantiu que aconteceria até quarta-feira, foi adiada mais uma vez.

Fronteira fechada

A passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, amanheceu fechada nesta quinta-feira (9). Com isso, nenhuma lista com a saída de estrangeiros foi divulgada pelas autoridades. As informações foram confirmadas pelo embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas.

A passagem foi fechada ainda na quarta-feira por questões de segurança. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse que negocia com Egito e Israel para que a fronteira seja reaberta.

Havia a expectativa para que o grupo de 34 brasileiros fosse autorizado a deixar a Faixa de Gaza nesta quinta-feira.

O governo de Israel havia garantido ao governo brasileiro que a autorização para que o grupo deixasse Gaza seria publicada até quarta-feira (8), segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Mas a lista não foi divulgada, e esse prazo foi adiado.

ONG síria diz que Israel bombardeou e matou três combatentes pró-Irã

Ao menos três combatentes pró-iranianos morreram, nesta quarta-feira (8), em bombardeios israelenses contra posições do movimento libanês Hezbollah perto de Damasco, capital da Síria, informou a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Três combatentes pró-iranianos não sírios morreram em bombardeios israelenses contra fazendas e outros locais pertencentes ao Hezbollah perto de Akraba e Sayyida Zeinab", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor da ONG OSDH, sediada no Reino Unido e que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria. Israel também atacou instalações de defesa antiaérea sírias no sul do país, segundo a mesma fonte.

Governo de Israel diz que Mossad auxiliou PF no Brasil

O governo de Israel divulgou uma nota na qual afirmou que a Mossad apoiou a ação da Polícia Federal que prender membros de um célula terrorista que era gerenciada pelo Hezbollah, o grupo xiita do Líbano.

"Os serviços de segurança do Brasil, junto com a Mossad (serviço de inteligência de Israel) e outras agências de segurança internacionais, conseguiram evitar um ataque terrorista no Brasil que estava sendo planejado pela organização terrorista Hezbollah, direcionada e financiada pelo regime do Irã", diz o texto.

Segundo os israelenses, essa é uma grande rede que atua em outros países.

Líder do Hamas: objetivo de 7 de outubro não era melhorar Gaza, mas reverter completamente a situação

Khalil al-Hayya, um dos líderes do Hamas, afirmou em entrevista ao “New York Times” que o objetivo do grupo terrorista ao atacar o território israelense em 7 de outubro era “colocar o tema da Palestina de volta à discussão, e agora ninguém na região está calmo”.

“O objetivo do Hamas não é gerenciar a Faixa de Gaza ou levar água e eletricidade e coisas assim. O Hamas acordou o mundo de seu sono profundo e mostraram que o tema deve continuar na mesa”.

Ele afirmou que a batalha não é para conseguir combustível ou trabalhadores ou melhorar a situação de Gaza, mas, sim, para “reverter totalmente a situação”.

Antes dos ataques do 7 de outubro, alguns países da região, como a Arábia Saudita, estavam em negociações para reconhecer o Estado de Israel e estabelecer relações diplomáticas.

Israel diz que Hamas perdeu controle do norte da Faixa de Gaza

As Forças Armadas de Israel afirmaram nesta quarta-feira (8) que o Hamas perdeu totalmente o controle de todo o norte da Faixa de Gaza.

As tropas israelenses que participam da operação por terra no território palestino entraram na terça-feira (8) na Cidade de Gaza, que também ficam no norte.

Desde 2007, o braço político do Hamas governava a Faixa de Gaza.

Aliados da Otan apoiam pausas humanitárias para permitir que ajuda chegue na Faixa de Gaza, disse Jens Stoltenberg, secretário-geral da organização, nesta quarta-feira (8).

Catar modera negociação para trocar libertação de reféns por pausa humanitária em Gaza

O Catar, em colaboração com os EUA, está mediando negociações com o Hamas para garantir a libertação de 10 a 15 reféns em troca de uma pausa humanitária de 1 a 2 dias nas ofensiva de Israel, disse uma fonte à Reuters.

A pausa deverá permitir ao Hamas reunir detalhes de todos os reféns civis e garantir a libertação de dezenas de outros.

“O número exato ainda não está claro neste momento”, disse a fonte, que não quis ser identificada.

Um integrante da segurança do Egito disse que um cessar-fogo de 24 a 48 horas ou uma limitação da zona principal de operações é esperado na próxima semana em troca da libertação dos reféns.

Secretário-geral da ONU diz que número de mortos em Gaza indicam algo errado com operação de Israel

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse à Reuters Next na quarta-feira que o número de civis mortos na Faixa de Gaza mostra que há algo “claramente errado” com as operações militares de Israel em Gaza.