A candidata do Partido Democrata, Catherine Cortez Masto, foi reeleita senadora pelo estado de Nevada, nos Estados Unidos, no sábado (12), segundo a Associated Press. Com a vitória dela e do astronauta Mark Kelly, no Arizona, os democratas garante a maioria no Senado dos Estados Unidos após uma apertada disputa com os republicanos.
Esse resultado tem um gosto de virada para os democratas, pois as projeções iniciais apontavam uma vitória expressiva do Partido Republicano no Congresso, que é composto pelo Senado e pela Câmara. A disputa pela maioria da Câmara dos Representantes continua, conforme os votos ainda estão sendo contados 5 dias após a votação.
“Fizemos muito e faremos muito mais pelo povo norte-americano”, disse o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, na noite de sábado. “O povo americano rejeitou – rejeitou profundamente – a direção antidemocrática, autoritária, desagradável e divisiva que os republicanos do Maga queriam levar ao nosso país."
Cidadãos americanos foram às urnas na terça-feira (8) para escolher os 435 deputados da Câmara e 35 senadores de um total de 100, além de 36 governadores e todas as Câmaras locais, além de votações pontuais.
Entenda a maioria no Senado
O Senado é composto por 100 cadeiras no total. De acordo com o resultado parcial, o Partido dos Democratas ocupará 50 vagas, contra 49 dos Republicanos.
A disputa no Alaska ainda não está definida segundo as projeções da agência Associated Press, mas a concorrência é entre dois candidatos republicanos e a vaga deles já está na contagem de 49 cadeiras.
Já na Georgia, o candidato mais votado não atingiu o mínimo de votos necessário para ser eleito e o estado terá um segundo turno no dia 6 de dezembro apenas para o cargo de senador. Se o candidato republicano Herschel Walker ganhar, cada partido ficará com 50 cadeiras.
Só que nos Estados Unidos, o vice-presidente do país é também o presidente do Senado e tem direito a um voto de desempate. Como Kamala Harris é democrata, o partido pode contar com 51 votos.
É esta Casa a que detém o maior poder de barrar ou aprovar os projetos de lei do presidente dos Estados Unidos. Portanto, quem conquistar maioria na Câmara vai definir os caminhos do líder do país, o democrata Joe Biden, na segunda parte do seu mandato, que vai até 2024.