A greve de servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) continua, sem previsão de retorno das atividades na instituição.
A greve, deflagrada no dia 29/04, já dura quase um mês e afeta os campi da Univasf em Petrolina e Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, Juazeiro, Senhor do Bonfim, Paulo Afonso, na Bahia, e São Raimundo Nonato, no Piauí.
A paralisação acompanha uma mobilização nacional que reivindica reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária e revogação de normas aprovadas nos governos Temer (MDB) e Bolsonaro (PL).
De acordo com Kairon Sampaio, servidor público da Univasf, a comunidade acadêmica da universidade tem sentido o impacto através dos processos administrativos, que não estão sendo realizados. Serviços não emergenciais, como compra de materiais para laboratórios e manutenção de internet não estão sendo feitos.
Os professores da Univasf não aderiram à paralisação para não afetar o calendário letivo. A decisão foi tomada após uma assembleia realizada no dia 18 de abril, nos cinco campi da instituição, onde a maioria dos docentes votaram contra a situação de greve. No total, a assembleia contou com 107 votos contrários, 63 votos Favoráveis e três abstenções.
Além da Univasf, professores e servidores do IFSertãoPE também continuam em greve. O movimento, que começou no dia 10 de abril, já passa dos quarenta dias. Uma nova assembleia do IFSertãoPE será realizada na tarde desta quinta-feira (23), onde será votada a proposta apresentada pelo Governo e a continuação da greve.