Depois que uma bomba explode, o que resta aos seus sobreviventes é catar os cacos, pensar nos próximos passos e seguir em frente em meio ao cenário de destruição. No caso da base governista na Bahia, essa destruição já deixou muita gente fora de sua zona de conforto e resistente a certas mudanças.
Isso porque após o governador Rui Costa bater o pé para bancar uma candidatura ao Senado, enquanto o grupo já tinha todas as definições encaminhadas com Jaques Wagner candidato ao governo e Otto Alencar candidato ao Senado, o PT precisou rearrumar a casa. O resultado foi a desistência de Wagner de sua candidatura no início da semana e uma enxurrada de críticas de partidos aliados que alegam não ter participado das deliberações.
Com a celeuma criada, o pensamento que nos vem à mente é se o PT estaria enfrentando esse impasse a exatos 7 meses das eleições de 2022, se tivesse construído um nome ao longo dos últimos anos para a sucessão estadual? Faltou planejamento ao governador Rui Costa em definir seu sucessor confiando na força de Wagner para retornar ao Palácio de Ondina? É sobre os impactos de o Partido dos Trabalhadores não ter nomes para uma renovação política que a discussão será pautada pelo Terceiro Turno.