A análise pela PF e a revelação de nomes e números monitorados pelo esquema de espionagem têm deixado o núcleo da família Bolsonaro em pânico. Motivo: temor e preocupação de que venha a público que não apenas opositores do governo Bolsonaro eram monitorados, mas também aliados e amigos.
A PF, segundo o blog apurou, analisa uma lista com cerca de 1,5 mil monitoramentos ilegais. Fontes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) falam em 1,8 mil. O diretor geral da PF, Andrei Passos, disse ao Estudio i na GloboNews, em 4 de janeiro, que o órgão trabalhava com cerca de 30 mil pessoas - mas a PF quer saber se eram pessoas ou monitoramentos. Ou seja, uma pessoa pode ter sido monitorada mais de uma vez.
Aliados de Bolsonaro, nos bastidores, não descartam que estejam entre os nomes espionados ilegalmente. Atribuem essa avaliação ao clima de conspiração criado, principalmente, por Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) junto ao pai, Jair Bolsonaro (PL), durante seu mandato. Um aliado de Bolsonaro lembrou, por exemplo, que Bolsonaro duvidava de tudo e todos, começando pelo vice Hamilton Mourão.
Cansado de ser acusado de conspirar contra Bolsonaro, Mourão disse ao presidente não querer seu cargo, que era leal e que, se o presidente quisesse, poderia ir embora no dia seguinte.