Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica Mota, mostrou-se favorável à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para apurar o brutal assassinato de sua filha, ocorrido em dezembro de 2015 num tradicional colégio particular de Petrolina. A proposta, do deputado estadual Romero Albuquerque (PP), já tem 12 de 17 assinaturas necessárias para sua abertura.
A ideia da CPI surgiu depois que o provável assassino de Beatriz, Marcelo da Silva, o qual foi preso na semana passada, escreveu uma carta dizendo-se inocente e que teria sido pressionado a confessar o crime.
“Eu e Sandro (Romilton) somos a favor da CPI e vamos lutar para que a CPI aconteça. Queremos saber quem escondeu o assassino de Beatriz todos esses anos, e por que esconderam. Porque o assassino de Beatriz já estava preso, cumprindo pena, e o DNA na faca do assassino, que poderia ter sido confrontado em 2018, 2019, por que não colocaram no banco (de dados)?”, indagou Lucinha.
Líder do governo na Alepe, o deputado estadual Isaltino Nascimento fez um apelo aos demais colegas para que não assinem o documento criando a CPI. Lucinha, no entanto, não deixou barato. “Os deputados que não assinarem essa CPI são cúmplices da impunidade, são cúmplices de crimes em Pernambuco”, desabafou.