O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa afirmou que planejava ‘impor estado de sítio’ no País com a explosão de um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília.
Em depoimento a policiais, ele afirmou que planejou com manifestantes do QG (Quartel General) do Exército a instalação de explosivos em pelo menos dois locais da capital federal para "dar início ao caos". Segundo ele, isso provocaria "intervenção das Forças Armadas".
"Uma mulher desconhecida sugeriu aos manifestantes do QG que fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio", declarou o empresário.
Em depoimento obtido pela Folha, George afirmou ainda que trabalha como gerente de um posto de gasolina no interior do Pará, obteve licença de colecionador, atirador desportivo e caçador e já teria gastado cerca de R$ 160 mil na compra de pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições.
George disse ainda que quando o indígena José Acácio Serere Xavante foi preso, conversou com PMs e bombeiros, que teriam demonstrado estarem ao lado do presidente Bolsonaro.
"Porém, ultrapassado quase um mês, nada aconteceu e então eu resolvei elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das forças armadas e a decretação de estado de sítio para impedir a instauração do comunismo no Brasil".
Além do artefato que ele deixou no aeroporto de Brasília, outros cinco explosivos semelhantes foram apreendidos.