Perícia da Polícia Federal (PF) examinou e confirmou que foi apreendido uma quantidade de ouro com Valdemar Costa Neto. Ele foi preso nesta quinta (8) durante operação da PF, por posse irregular de arma de fogo.
Foi uma pepita de ouro, pesando 39,18 gramas, com 95,26% de grau de pureza, segundo a perícia.
O ouro e a arma ilegal, um revólver calibre 38, foram apreendidos durante cumprimento de busca e apreensão no quarto do hotel Meliá, em Brasília, onde reside o presidente do Partido Liberal (PL).
Valdemar Costa Neto, segundo as investigações, vai ficar preso pela posse ilegal de arma de fogo e também por usurpação mineral. Não cabe fiança.
A perícia agora vai tentar identificar a origem do ouro encontrado com presidente do PL. Desvendar de onde foi extraído, inclusive se de terras indígenas. Os peritos conseguem fazer o DNA do ouro apreendido. O flagrante foi identificado enquanto policiais federais faziam buscas em um dos endereços de Valdemar Costa Neto como parte da operação que apura o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores no plano de um golpe de Estado no período das eleições de 2022.
Por volta das 11h10 desta quinta-feira, Valdemar estava na sede da Polícia Federal para as formalidades do flagrante. Ainda não se sabe se o político seguirá preso ou se será liberado após prestar esclarecimentos.
a arma encontrada no endereço de Valdemar estava com a documentação vencida e registrada no nome do filho do político. A operação deflagrada pela PF nesta quinta-feira tem entre seus alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares. O objetivo é investigar uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder. Bolsonaro teve seu passaporte retido, o que o impede de deixar o país, e ficou proibido de se comunicar com outros investigados, após decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. Três militares e um ex-assessor de Bolsonaro foram alvos de mandados de prisão, enquanto ex-ministros e outros integrantes das Forças Armadas foram alvos de mandados de busca.
As investigações apontam que integrantes do governo Bolsonaro planejavam prender os ministros do Supremo Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
A operação da PF mirou nomes como o do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Valdemar da Costa Neto.
O relatório da investigação aponta que Bolsonaro e militares atuavam em seis núcleos. Uma área de inteligência paralela monitorava ilegalmente as autoridades na mira do governo. A PF também encontrou a gravação de uma reunião para discutir o golpe. Ela foi apreendida no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.