O presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou, na manhã desta quinta-feira (27/1), das críticas que vem recebendo em virtudes dos vetos no Orçamento 2022. Ele direcionou críticas ao parlamento, que elaborou “um orçamento além da previsão de receita”, o que o obrigou a realizar os cortes.
O presidente conversava com apoiadores vindos de Santa Catarina, estado que teve valores para a construção de rodovias vetados. O momento foi gravado e divulgado por um canal simpatizante ao governo.
“Hoje, parte da imprensa de Santa Catarina bateu em mim porque eu cortei R$ 38 milhões do orçamento de Santa Catarina. Cortei R$ 3 bilhões do Brasil todo. O parlamento fez um orçamento além da previsão de receita e eu sou obrigado a cortar”, disse Bolsonaro.
Ele continuou dizendo que estavam o “esculhambando em Santa Catarina” por ter cortado o dinheiro. “Mas a gente vai recompor ao longo do ano porque tem excesso de arrecadação. É impressionante a crítica. Por que não criticou os parlamentares que inflaram o orçamento?”, questionou.
Sanção do Orçamento
O presidente Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento 2022 na sexta-feira (21/1), e destinou os maiores vetos ao Ministério do Trabalho e da Previdência, recriado em julho do ano passado, sob o comando do ministro Onyx Lorenzoni.
A pasta levou um corte de R$ 1 bilhão do total de R$ 3,2 bilhões tirados do texto aprovado pelo Congresso. Em segundo lugar, aparece o Ministério da Educação como um dos mais afetados pela tesourada do presidente.
Dentro do Trabalho e da Previdência, o INSS foi a área mais sofreu com os vetos. O órgão teve uma perda de R$ 988 milhões que seriam usados na administração, gestão e processamento de dados da unidade.
A tesourada total foi de R$ 3,18 bilhões em relação ao texto aprovado pelo Congresso, dividido em:
R$ 1,36 bilhão: emendas de comissão;
R$ 1,82 bilhão: despesas dos ministérios em geral;
Veja outros ministérios afetados;
Turismo (R$ 34,264 milhões);
Mulher, Família e Direitos Humanos (R$ 16,479 milhões);
Minas e Energia (R$ 11,440 milhões);
Ciência e Tecnologia (R$ 10,312 milhões);
Relações Exteriores (R$ 3,571 milhões);
Economia (R$ 85,9 mil)