O ano eleitoral tem provocado movimentações diárias nos bastidores da política baiana. Na última quarta-feira (9), o jornal O Globo apontou que a equipe do presidente Jair Bolsonaro (PL) colocava o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), como uma das alternativas para garantir um palanque a ele no estado. Segundo esse desenho, Leão seria incentivado a lançar seu nome em uma candidatura própria do PP, que atualmente é aliado do grupo político de Rui Costa (PT) e Jaques Wagner (PT).
A possibilidade foi aventada em meio ao clima de aborrecimento do progressista, após a nova reviravolta que aconteceu no início da semana, quando Jaques Wagner anunciou que Rui Costa vai cumprir o mandato. A expectativa de Leão era ser governador por nove meses, após renúncia de Rui para concorrer ao Senado. Com a nova arrumação, o senador Otto Alencar (PSD) vai disputar a reeleição e o PT vai indicar um nome para encabeçar a chapa.
Contudo, nesta quinta-feira (PL), durante uma transmissão ao vivo, Bolsonaro confirmou que o ministro da Cidadania, João Roma, será candidato ao governo, atuando para fortalecer o nome do presidente na Bahia. Roma ficará no ministério até abril. Ainda durante a live, o presidente confirmou que nove ministros irão deixar seus ministérios.
A nova atualização indica que as chances de João Leão ser o palanque de Bolsonaro na Bahia são baixas. Com as atualizações no grupo governista, o vice-governador está avaliando o destino do PP para o pleito de outubro e não descarta uma candidatura própria, independente do apoio a Bolsonaro, ou desembarque no grupo de ACM Neto, pré-candidato ao governo da Bahia.