Reeleito presidente do Senado por mais dois anos nesta quarta-feira (1), o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) defendeu a pacificação do país e a responsabilização de quem atenta contra a democracia. Em seu primeiro discurso após vencer Rogério Marinho (PL-RN) por 49 votos a 32, Pacheco disse que atuará pela união das instituições e pelo diálogo entre os poderes. Segundo ele, os interesses do país devem estar “acima e além” das questões partidárias. “Precisamos unir o Brasil”, pregou. O pronunciamento dele faz eco às declarações da presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, na abertura do ano judiciário, também nesta quarta. O senador ressaltou que a pacificação à qual se refere não significa omissão ou leniência. “Pacificação não é inflamar a população com narrativas inverídicas, tampouco buscar soluções aparentes que, na verdade, geram instabilidade institucional. Pacificação não significa se calar diante de atos antidemocráticos. Pacificação é buscar cooperação. Pacificação é lutar pela verdade. Pacificação é abandonar o discurso de nós contra eles e entender que o Brasil é imenso e diverso, mas o Brasil é um só. Pacificação é estar do lado certo da história, o lado que defende o Brasil e o povo brasileiro”, discursou Por diversas vezes, Pacheco fez referência aos atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e na depredação dos palácios dos três poderes em Brasília.
“Para isso a polarização tóxica precisa ser definitivamente erradicada de nosso país. Acontecimentos como os ocorridos aqui neste Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro, não podem nem vão se repetir. Os brasileiros precisam voltar a divergir civilizadamente. Reconhecer com absoluta sobriedade pelo trabalho de quem se dispõe ao diálogo e não ao confronto. Continuaremos de pé e honrando nossa nação”, afirmou. “O recado que o Senado dá ao Brasil agora é que manteremos a defesa intransigente da democracia. O resultado que se tem dos atos antidemocráticos e dos crimes que aqui ocorreram em 8 de janeiro é o surgimento da responsabilidade que se impõe a cada senador e a cada senadora, qual seja, que tenhamos a atenção, a dedicação e as ações redobradas de preservação da nossa democracia”, acrescentou. Apoiado pelo presidente Lula, Pacheco declarou que será colaborativo com o Executivo, com o presidente da República, com os ministros de Estado e as instituições de governo para “possibilitar medidas que permitam a volta do crescimento e desenvolvimento da infraestrutura nacional”.