O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, disse à CNN que seria “uma honra” ter a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), no PSD. Ele é o presidente da sigla no estado.
Recentemente, Lyra nomeou Cacau de Paula, filha do ministro, para a secretaria estadual de Cultura.
Alianças:
O PSD integra a base do governo Lula (PT) no Congresso e chefia três ministérios — Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Minas e Energia, além da Pesca. A nível estadual, a cúpula da legenda apoiou o petista no pleito de 2022, ao contrário da neutralidade nacional da legenda.
Por outro lado, a governadora enfrentou Marília Arraes (Solidariedade), candidata apoiada por Lula no segundo turno das eleições, e integrou a oposição local ao petismo.
Já o PSDB busca marcar distanciamento da gestão federal.
Aproximação:
Com a entrada de Cacau no governo, Lyra atrai seu partido para a base e, na avaliação de André de Paula, “faz um movimento político de aproximação” do governo Lula. O PSD não tem deputados estaduais em Pernambuco.
Para o ministro, uma eventual filiação da governadora, a quem chama de “mulher competente, honrada, corajosa e experiente”, ao PSD selaria o ingresso da tucana em “um partido que apoia o presidente e dele recebe o prestígio devido”. Ele destaca, contudo, que essa decisão é “pessoal e intransferível”.
Procurada para comentar, a governadora não respondeu à reportagem da CNN.
Nordeste “pintado de vermelho”
Caso o movimento se concretize, um “cinturão” de governadores aliados de Lula será formado no Nordeste.
Atualmente, Raquel Lyra é a única mandatária da região em um partido que não está na base do petista, além de ter sido a única a não declarar voto nele nas eleições do ano passado.
Veja a lista completa:
Alagoas: Paulo Dantas (MDB)
Bahia: Jerônimo Rodrigues (PT)
Ceará: Elmano de Freitas (PT)
Maranhão: Carlos Brandão (PSB)
Paraíba: João Azevêdo (PSB)
Piauí: Rafael Fonteles (PT)
Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT)
Sergipe: Fábio Mitidieri (PSD)