A ministra do Planejamento, Simone Tebet, entrou para um seleto grupo de referências do MDB. Pesquisa qualitativa encomendada pelo partido, à qual a Coluna teve acesso, pediu para os entrevistados destacarem os políticos da sigla “que vem à mente”. Além de Ulysses Guimarães, a lista teve os seguintes nomes citados nacionalmente: Tancredo Neves, Itamar Franco, José Sarney, Simone Tebet e Michel Temer.
Portanto, a única estrela da nova geração emedebista citada em todas as regiões do País foi a ministra do Planejamento, Simone Tebet, apontando um recall significativo da campanha presidencial. Lançada no último momento como o nome da terceira via, Tebet conseguiu quase 5 milhões de votos (4,2%). Ficou em terceiro lugar, portanto, alcançando o melhor resultado do MDB nas disputas ao Planalto desde a redemocratização.
As associações coletadas sobre o nome de Tebet são positivas para a legenda. Confiança, esperança em dias melhores e resoluções, ar fresco no partido, nova opção, algo diferente, força e boa promessa são alguns dos termos usados.
O conteúdo da pesquisa ajuda a orientar o MDB em suas campanhas e inserções partidárias pelo país. No próximo dia 22, o partido vai exibir novas peças publicitárias.
“Simone foi bem na campanha em 2022, e por isso cresceu. Agora nosso foco tem de ser também em outras lideranças e pautas. Nas nossas inserções de TV em setembro, Helder terá grande foco com a COP30 e o desenvolvimento sustentável inclusivo. Helder é um governador super avaliado com a marca do MDB”, disse Baleia Rossi à Coluna.
Helder Barbalho, Renan Filho e Jader figuram entre as apostas de renovação do MDB
Outros nomes que estão na lista de apostas do MDB do século XXI foram citados, porém a lembrança ocorreu de maneira regional. Foi o caso, por exemplo, do governador do Pará, Helder Barbalho; e do ministro dos Transportes, Renan Filho. No entanto, há expectativas otimistas na sigla de que ambos conseguirão maior projeção nacional nos próximos anos.
Helder tem crescido nas bolsas de apostas, inclusive, para eventualmente ser o candidato a vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026. Dois fatores têm catapultado o governador à posição de eventual parceiro de chapa do PT: a escolha de Belém como sede da COP-30 e as sinalizações do atual vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), de que irá disputar o governo de São Paulo, como revelou a Coluna.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, é apontado como um dos políticos com mais potencial na Esplanada. Assumiu com a promessa de ampliar a participação da iniciativa privada nos investimentos para rodovias e ferrovias, o que passa, diretamente, por mais processos de concessão.
Trabalha com um foco político específico: “mostrar que Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro) não era tão bom gestor como ganhou fama”, diz constantemente a pessoas próximas.
Além disso, toca obras por todo o país, inclusive nos governados pela oposição, como é o caso de Minas Gerais, e tem cumprido à risca a orientação do presidente Lula de viajar mais para expor as ações do governo. Também começa a despontar como um nome para eventual vice na chapa de Lula.
Jader Filho, por sua vez, está num ministério com ampla capilaridade política. No comando das Cidades, está à frente de programas como o Minha Casa Minha Vida, uma das meninas dos olhos do presidente. Já incomodou o Planalto por causa do direcionamento de emendas para seu domicílio eleitoral. No entanto, é considerado de extrema importância para a visibilidade de candidatos do governo na corrida municipal de 2024.